Por José Adriano
A reforma tributária já é realidade e está redesenhando o futuro das empresas no Brasil. Nesse cenário, governança e compliance deixam de ser apenas boas práticas e passam a ser questão de sobrevivência e competitividade. Esse foi o tema do episódio 3 do podcast José Adriano Talks, com a participação de Jair Resine, CEO da Virtu e membro do Comitê de Auditoria da Gasmig.
Por que falar de governança na reforma tributária?
A reforma não é apenas um ajuste fiscal: ela mexe em estratégia, processos, sistemas e cultura empresarial. Governança, nesse contexto, garante que:
- Decisões estratégicas sejam tomadas com transparência e alinhamento aos sócios e investidores.
- Todos os setores — não só o fiscal — estejam envolvidos (comercial, compras, engenharia, financeiro).
- A empresa antecipe riscos e evite contenciosos bilionários por interpretações equivocadas da lei.
Em resumo: não fazer nada custará muito mais caro do que investir em governança desde já.
Riscos da inércia
Entre os principais pontos levantados no episódio:
- Achar que a reforma é “problema do fiscal” e deixar outras áreas de fora.
- Confiar em interpretações parciais em um ambiente ainda sem regulamentação consolidada.
- Acomodar-se com o longo período de transição e descobrir tarde demais que não há mais tempo de corrigir rotas.
- Expor dados sensíveis em plataformas públicas de inteligência artificial, aumentando riscos de vazamentos e sanções.
Oportunidades de quem age cedo
A reforma também é um convite para repensar o negócio:
- Rever processos e eliminar retrabalhos que ainda persistem desde os tempos de NF-e e SPED.
- Usar analytics e dados corretos para simular margens, preços e impactos tributários.
- Justificar investimentos em tecnologia e segurança.
- Fortalecer a cultura de compliance, envolvendo todas as áreas da empresa.
O papel da liderança
Como destacou Jair Resine, a pauta deve chegar ao Conselho de Administração ou Consultivo. É lá que se definem investimentos, responsabilidades e prioridades. Para isso:
- O tema precisa estar na agenda estratégica.
- Especialistas devem ser convidados para explicar impactos reais.
- A discussão deve ir além do fiscal, mostrando efeitos em margem, contratos e reputação.
Para as empresas de todos os portes
Mesmo negócios menores podem começar:
- Criando programas básicos de compliance, proporcionais ao porte.
- Engajando pessoas em boas práticas de governança.
- Contando com parceiros de confiança para estruturar diagnósticos e planos de ação.
Assista e participe
O episódio completo está disponível no YouTube, Spotify e demais plataformas de áudio:
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