Por José Adriano
A cada obra, país e regra, um novo quebra-cabeça. No EP 6 do podcast, recebi Márcio Magno (Diretor do Centro de Gestão/CSC da Andrade Gutierrez e professor da PUC Minas) para destrinchar como governança e compliance sustentam operações no Brasil e no exterior — e como isso se conecta, na prática, com a Reforma Tributária.
Por que este episódio importa
- Governança como motor da execução: centralizar processos críticos em um CSC maduro (contábil, fiscal, RH, financeiro, notas, excelência) reduz autuações, padroniza controles e dá previsibilidade.
- Brasil é o “chefão” da complexidade: mesmo com IFRS facilitando consolidação contábil, o fiscal continua soberano por país; aqui, a sobreposição União–Estados–Municípios exige disciplina de processo e sistemas.
- Tecnologia na veia: captura “inbound” de notas, +200 RPAs e IA corporativa mostram que automação com governança salva FTE, diminui erro e acelera fechamento.
Reforma Tributária: riscos e oportunidades sob a ótica da governança
- Transição 2026–2032: convívio de regimes e “trabalho duplicado” no início; governança serve para cadenciar entregas, priorizar riscos e evitar retrabalho.
- IVA dual e imposto “por fora”: tende a clarear preço e margens, facilitando entendimento do cliente e do investidor.
- Concorrência mais leal: mais automação e apuração assistida reduzem fraude/sonegação e forçam competição por performance (e não por “atalhos”).
- Contratos de longo prazo (infra): cláusulas de revisão tributária viram item obrigatório; atenção a CPRB e impactos de cumulatividade na migração.
Roteiro prático (para começar ontem)
- Patrocínio e estrutura: leve a pauta ao Conselho/Comitê e crie um GT tributário com Fiscal, Contábil, TI, Compras, Controladoria e Jurídico.
- Dados e sistemas: saneie cadastros/NCM/NBS, reconcilie SPEDs, planeje campos/integrações/logs no ERP e teste cenários de CBS/IBS.
- Processo e automação: padronize e robotize onde há volume/erro; use analytics para simular carga, preço e margem.
- Contratos e compliance: aditivos com gatilhos de variação tributária; política de IA responsável (nada de dados sensíveis em ferramentas públicas).
- Métricas: rejeição de notas, erros fiscais, tempo de ressarcimento, horas robotizadas, contencioso projetado e custo por documento.
Em uma linha
Governança tributária é o freio-ABS da Reforma: evita derrapagens na transição e posiciona a empresa para ganhar eficiência quando o novo modelo estabilizar.
Ouça e participe:
O episódio completo está disponível no Spotify e demais plataformas de áudio: www.joseadrianotalks.com.br
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