Apenas uma pequena parcela das empresas está preparada para a Reforma Tributária, diz pesquisa

Por José Adriano

  • Panorama Geral da Preparação Empresarial
    • Apenas 9% das empresas brasileiras já concluíram suas análises sobre os impactos esperados pela Reforma Tributária, que começará a vigorar no próximo ano.
    • Outros 10% finalizaram o processo de avaliação, mas aguardam ajustes diante de novas orientações da Receita Federal.
    • A pesquisa foi realizada pela PwC Brasil com 116 companhias; destas, 53% possuem receita anual acima de R$ 1 bilhão, e 30 empresas têm capital aberto no Brasil ou exterior.
    • Em relação ao estágio de preparação, até agosto:
      • 37% estavam na fase inicial de avaliação dos impactos
      • 32% em fase avançada
      • 12% não sabiam informar a situação ou sequer tinham iniciado algum processo (maioria de empresas de menor porte)
  • Desafios para a Transição
    • A partir de 2026, será necessário conciliar dois sistemas tributários (atual e novo) durante o período de transição até 2033.
    • Empresas terão de se adaptar a um novo modelo de emissão de nota fiscal e operar sem os tradicionais benefícios fiscais de ICMS, PIS e Cofins.
    • O maior obstáculo inicial será lidar com o cumprimento simultâneo de duas legislações.
  • Influência do Porte da Empresa
    • Maturidade da avaliação é diretamente proporcional ao porte: empresas com faturamento superior a R$ 5 bilhões estão mais avançadas.
    • Empresas de faturamento até R$ 500 milhões seguem majoritariamente nos estágios iniciais do processo.
  • Setores Mais Impactados
    • A pesquisa incluiu empresas de diversos segmentos: 31% da produção industrial, 27% do setor de consumo.
    • Exportadoras devem ser beneficiadas com redução de resíduos tributários.
    • Na indústria, preocupação maior com aumento de carga tributária e impacto no capital de giro.
    • No setor de consumo, alerta para queda da capacidade de investimento e desempenho operacional.
    • Agronegócio teme elevação de custos e prejuízo à liquidez, mas há relatos de oportunidades.
    • Setor de energia/utilities aponta incerteza generalizada.
  • Impactos Internos e Áreas Envolvidas
    • A preparação para a reforma não se limita ao setor fiscal; envolve também contabilidade, tecnologia, jurídico, comercial, suprimentos e logística.
    • 83% das empresas reforçaram o setor de Tecnologia da Informação para se adequar às exigências da nova nota fiscal eletrônica.
    • Nova nota exigirá detalhamento dos tributos de cada produto/serviço, códigos fiscais próprios e transparência nas operações.
  • Riscos e Oportunidades
    • Empresas não preparadas poderão enfrentar dificuldades na emissão de nota fiscal eletrônica já em janeiro de 2026.
    • Reformas demandarão controles precisos, atualização de sistemas e treinamento especializado.
    • Algumas empresas enxergam possibilidades de redução de carga tributária e monetização de créditos tributários.
  • Conclusão Executiva
    • A reforma é considerada uma mudança estrutural nos modelos operacional e sistêmico das companhias, exigindo engajamento de múltiplas áreas.
    • O ano de 2026 será decisivo para o processo de adaptação, exigindo ações imediatas e coordenadas dos gestores e equipes de diversas áreas empresariais.

Adaptado de https://valor.globo.com/empresas/noticia/2025/11/12/apenas-uma-pequena-parcela-das-empresas-est-preparada-para-a-reforma-tributria-diz-pesquisa.ghtml

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