Por Lucianne Carneiro e Paula Martini
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Luiz Césio Caetano, celebrou nesta segunda-feira (23) “o avanço significativo” trazido pela reforma tributária para a economia brasileira e os investimentos no país, mas destacou a necessidade de outras reformas estruturantes, como a administrativa.
“As novas normas representam significativo avanço no recolhimento de tributos. […] A reforma tributária dá transparência, neutralidade e isonomia aos diversos setores da economia. O IBS [Imposto sobre Bens e Serviços] torna-se antídoto para a famigerada guerra fiscal que por anos a fio orientou decisões de investimento no país”, afirmou ele.
Em sua participação no evento “Desafios da reforma tributária: como se preparar para as novas regras”, na sede da Firjan e com realização da Editora Globo, Caetano defendeu que se dê prioridade à segurança pública e jurídica no país, para aumentar a capacidade de atração de investimentos. Além disso, citou a importância de uma reforma administrativa. Com elevado comprometimento do orçamento público em despesas com pessoal, notou ele, há “má alocação de recursos e penalização dos investimentos”.
“Sem reformas estruturantes, a competitividade estará cada vez mais comprometida e estaremos perpetuando má qualidade da prestação de serviços em segurança, saúde e educação”, disse.
Na sua avaliação, o Rio de Janeiro tende a ganhar com a atual reforma tributária, como segundo maior Estado consumidor do país. “O Rio de Janeiro tem condições de se beneficiar com a nova reforma tributária. É o segundo maior Estado consumidor, dispõe de uma das maiores redes de ensino técnico do país… Mas precisamos melhorar nossa infraestrutura de portos, avançar em reformas”, afirmou.